The Holiday/ Après la vie/ Blue Velvet / Casa de Areia / La ley del deseo / Carne Trémula

No cinema:

O Amor não tira férias[ The Holiday]:

Não vou começar falando do que esse filme possa ter de ruim. Até pq a Kate Winslet não deixa que ele seja. A história de duas mulheres que – por motivos diferentes – tem o mesmo problema. Em crise, elas se conhecem virtualmente e resolvem trocar de casa por duas semanas. Uma encontra o Jude Law. A outra encontra um velho roteirista de Hollywood e o Jack Black. O resto vc já sabe.
Pq ver?
Pq a Kate Winslet consegue ser tão gente-como-a-gente, q às vezes duvido q ela seja atriz. Na verdade ela sou eu, ela é vc, ela é todos nós.
O personagem do roteirista aposentado é uma graça. Além de ser o porta-voz da diretora para suas críticas ao cinema que esqueceu do humano em favor dos efeitos especiais e da bilheteria, ele conta histórias da Hollywood glamurosa e me fez chorar quando foi mais homenageado do q esperava, do alto de sua rabugice.
O melhor da personagem da Cameron Diaz [q vive uma produtora de trailers pra cinema] é q a sua imaginação sempre trabalha em forma de trailers, q são muito engraçados. E vc pode make a movie trailer of your life, like Amanda!
E, claro, o Jude Law, com aquele sorriso e sotaque...

Acordo Quebrado [Après la vie]:

Último filme de uma trilogia franco-belga dirigida por Lucas Belvaux [Que conta ainda com Um Casal Admirável e A Fuga, todos gravados em 2002, acredito q ao mesmo tempo]
Na verdade o melhor desse filme é a idéia da trilogia, em que todas as histórias já aparecem, e no entanto desenrola-se apenas a principal. E vc fica com vontade de saber quais os segredos dos outros personagens.
A sinopse: No último capítulo da trilogia, acompanhamos alguns dias na vida do policial Pascal que, prestes a apanhar um terrorista de renome [A Fuga], vê seu casamento ruir devido ao vício da esposa – que se envolve com as pessoas erradas, pondo em risco a própria vida e o emprego de Pascal. Dentro dessa vulnerabilidade, ele é perseguido por um traficante que sabe do vício de sua esposa, além de apaixonar-se por uma conhecida que o pede para investigar o estranho comportamento de seu marido [Um Casal Adimirável]
É interessante pois mostra q o amor [ou seja lá q nome se dê a isso] pode te sustentar ou não.

Em casa:

O primeiro filme de 2007 visto em casa foi o Blue Velvet:

Um filme do Lynch que parece um filme do Lynch, mesmo parecendo inofensivo. Um rapaz volta a sua cidade por causa da doença do pai. Andando despreocupado, vejam só, encontra uma orelha dando sopa no chão. Conto mais?
Ok. Nisso ele se envolve com a Juliette Binoche e a Laura Dern e é perseguido pelo Dennis Hopper [q consegue parecer mais louco q o Jack Nicholson].
O legal é: a tara do Hopper. O aparecimento do princípio básico do Clube Silêncio. A Juliette dando uma de esperta pra ver o mocinho pelado. E a música.
Um filme intrigante e bonito. Um filme do Lynch! [eu já disse isso?]

Almodóvar – Duas vezes:Primeiro foi Carne Trêmula:
rapaz é preso quando num acerto de contas com uma mulher, vira vítima da vingança alheia. O resultado desse trágico encontro: um paraplégico; um casamento por culpa; 4 anos de prisão para um inocente; o surgimento de um plano de vingança sexualmente interessante; duas mulheres apaixonadas pelo mesmo homem; dois homens sem mulher alguma; um homem com duas mulheres; uma chacina.
Filme doentio e engraçado.

O segundo foi: A Lei do Desejo
Diretor de cinema e sua irmã têm suas vidas invadidas por um Antonio Bandeiras apaixonado e libidinoso, que se apaixona e que não sabe a hora de parar para conseguir o que quer.
Filme doentio e engraçado [opa!]

E ontem...

Foi a vez do Casa de Areia:
Filme brasileiro que foge um pouco à moda do realismo e conta a fábula da vida de quase uma mesma mulher, através de 3 gerações de Fernandas [Montenegro e Torres] que se sucedem e se completam. As 3 parecem viver numa fenda do tempo, ou num universo em suspensão, e buscam uma solução para sua vida de areia. Uma saída, ou algo que lhes traga alguma paz de espírito.
Filme de fotografia bonita, e que apesar de financiado pelos Sarney, faz dos Lençóis Maranhenses uma boa figura para lugar-nenhum e não um cartão-postal. E mesmo não sabendo explicar com palavras, acredito que o Andrucha Waddington seja um bom diretor. E tão louco quanto o personagem Vasco, a ponto de meter a esposa e a sogra numa história dessas.
Ah, e pra mim o Seu Jorge tem o mesmo valor do Jude Law: às vezes o filme vale só pelo prazer de vê-los...

[e desculpas ao crítico lá de casa que diz q minhas críticas são curtas demais. Mas eu to no trabalho.]

1 comment:

geo said...

o lucás tem razão! o sotaque dela era italiano e não francês. e apesar do filme ser azul, não é a liberdade q é azul, é o veludo.

blue velvet - izabella rossellini e não juliete binoche.