...
então, q depois de tudo, ele necessitava descansar.
e lhe emprestaram aquela casa.
mas e o segredo?
dele surgiam coelhos. tão felizes!
como algo que ele precisava expelir. coelhos que lhe saltavam do âmago e eram inegavelmente vivos!
coelhos tão ele!
mas a medida q cresciam, tornavam-se tão eles mesmos e mesmo ele tanto, q ele não podia simplesmente puxar a descarga e mandá-los pra longe!
coelhos saltitantes e alegres.
e ele tão deus diante deles.
ele às voltas com aquele segredo.
nem as traduções. nem as leituras.
ele tão deus, sentado na poltrona, os observando em seu dia.
ele os velando em sua noite.
[destruição - mas não por maldade.
sujeira - e como não?
era preciso prover-lhes comida.
era preciso prover-lhes abrigo.]
ele perturbado pelo burburinho de suas criaturas.
ele engasgado, com um segredo.
[a não-comunicação entre eles.]
mas quando ele os tinha nas mãos: tão brancos, tão macios, tão coelhos!
aquilo crescia e o condenava perante suas próprias criaturas.
ele preso ao q tinha criado.
pensou mesmo em jogá-los pela janela.
caíriam em meio ao dia-a-dia, e ninguém notaria. [a cegueira do cotidiano?]
ele tão deus.
ele tão impotente.
viu-se cercado e tomado pela destruição crescente que aquelas criaturas de sorrisos tão amáveis...
tão ele!!!!!
tão impotentes diante de suas próprias naturezas.
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terá júlio querido brincar de deus pelo espaço de um conto?
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3 comments:
falta de personalidade e uma bosta...
sem dúvida, uma bosta!
alguém me disse tb q eu não tenho objetivos!
o mais engraçado é q nunca me perguntaram quais seriam, mas são tão sábios q adivinham até o não dito!
ave, sábio!
Gostei muito desse texto geo. Continue afiada!
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